José Barata-Moura... -
Avelino da R. Oliveira e Antonio F. L. Dias
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. 2014.
Disponível em <
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estrepitosa a manifestação pública de arrependimento, maiores as
chances de formar novo e fiel séquito.
Nem todos, entretanto, renderam-se ao caminho mais cômodo
e, aparentemente, vantajoso. No campo da educação, por exemplo,
antes daquela onda de desilusão da última década do século XX,
enquanto se empreendia a decidida luta teórico-prática de superação
das concepções positivistas e acríticas que dominavam a área,
muitos dos textos de Marx, que nos serviam de fundamento teórico,
chegavam ao Brasil com a marca das Edições Avante, de Lisboa,
com traduções de José Barata-Moura. E durante o período em que
vicejaram os desiludidos, bem ao contrário de ceder aos discursos
então em voga, que acompanhavam a senda do “fim da história”,
Barata-Moura prosseguiu inabalável em seu rumo filosófico.
Para aqueles que porventura não o conheçam, ou não tenham
a exata dimensão da grandeza de suas contribuições, José Adriano
Rodrigues Barata-Moura nasceu em 26/06/1948, em Lisboa. Concluiu
a Graduação e o Doutorado em Filosofia na Universidade de Lisboa
(UL) onde, atualmente, é Professor Catedrático no Departamento
de Filosofia. No período de 1970-90, compôs e interpretou músicas
de cunho político-revolucionário, bem como canções para o público
infanto-juvenil. Em 1975, compôs
Fungagá da Bicharada,
canção
que deu nome a um programa de televisão na Rede Portuguesa de
Televisão (RTP), apresentado pelo próprio autor e por Júlio Isidro
e Candida Branca-Flor (Pode-se ver em
watch?v=JVlwjOgYY8c). Em Outubro de 1976, foi lançada a revista
Fungagá da Bicharada
e, em 2004,
Fungagá da Bicharada
virou peça