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Letramento digital... -
Denyse M. da S. Ataíde e Maria José Pinho
permitem a explicação de certos aspectos da realidade. Entretanto,
é mais do que uma teoria, implicando uma estrutura que gera
novas teorias.
Uma constatação importante realizada por Moraes (2004),
é o fato de a escola atual continuar influenciada por esse velho
paradigma, uma vez que se encontra submetida a um sistema
paternalista, hierárquico, autoritário e dogmático, não percebendo
as mudanças ao seu redor e, não obstante, resistindo a elas,
pois continuamos dividindo e hierarquizando o conhecimento em
assuntos, especialidades, subespecialidades.
É nesse contexto de complexidade e na emergência de novas
formas de entender as transformações do mundo contemporâneo
que identificamos aspectos convergentes entre a EaD e o Paradigma
Emergente. De acordo com Peters (1973), a Educação a Distância
é um método de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes,
através do uso extensivo de meios de comunicação, numa interação
entre os agentes, sendo os aspectos cognitivos e afetivos elementos
constitutivos dessa forma de ensino e de aprendizagem.
Em conformidade comMoraes (2004), o Paradigma Emergente
reconhece o indivíduo como um aprendiz que constrói conhecimento
usando as sensações, as emoções, a razão e a intuição, contemplando
a dualidade cérebro-espírito, a conexão da razão com a emoção, a
integração de todo o ser, sua reintegração à sociedade e ao mundo da
natureza do qual é parte. Assim sendo, e segundo Egreja, Machado
& Silva (2009), a Educação a Distância (EaD) apresenta-se como
uma modalidade renovadora, capaz de contribuir para a constituição
de um novo Paradigma Educacional, permitindo a ampliação das
relações interativas por meio das Tecnologias da Informação e da
Comunicação e a criação de condições de aprendizagem para uma
educação colaborativa e cooperativa.
Segundo Pinho & Almeida (2011), a proposta da EaD vai
além de uma mudança no processo de ensino e representa um
avanço na democratização da educação para as camadas sociais
menos favorecidas. Para as autoras, esse modelo de educação é
uma alternativa promissora para o Brasil, e não obstante, uma
realidade efetiva, pois vem ganhando espaço e oportunizando
pessoas impossibilitadas de frequentar uma sala de estudo
presencial, muitas das vezes em função da distância dos grandes
centros urbanos.