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Uma nova possibilidade de ensinar... -
Ruth S. C. Espinosa et al.
A transição de uma educação tradicional que reflete a lógica
da impressão supõe uma transformação, e não só na e com a
implementação da tecnologia, mas também exige mudanças na
cultura e organização da educação. Durante os anos 70 e 80, se
deu muita atenção às necessidades dos professores e seu poder
para promover estratégias de mudança mas tais estratégias não
consideravam o ambiente de trabalho e a sala de aula. Os anos
90 trouxeram um ressurgimento das ideias McLuhianas com foco
nas novas tecnologias de ensino-aprendizagem e interação. Nessa
década, representa uma reflexão sobre os efeitos trazidos pelas
novas tecnologias na aprendizagem e na organização de ambientes
de educação formal.
Os avanços tecnológicos mídias-meios digitais impactaram
e transformaram as relações socias e as instituições de ensino.
Portanto, as escolas e universidades devem explorar como as novas
tecnologias podem ser integradas no ensino. O que importa não
são os conteúdos nem os meios que os suportam, senão a estrutura
de um espaço no qual o estudante assume o controle, partindo de
noções estrátegicas docentes no qual o professor renuncia o dominio
sobre as atividades e deixa de ser o único que possui conhecimento,
cedendo assim, espaço e lugar a seus alunos.
Na era da Internet, existe uma transmissão vertical da
informação e do controle do poder. Ao criar novos papéis em
relação professor-aluno, se descentraliza a tomada de decisões e
se contribui para gerar novos perfis de alunos o que é um passo
para criar líderes de projetos, documentários, ou talvez uma
comunidade manager. Portanto, a mudança do papel do professor
vai implementar estratégias para promover a autoaprendizagem,
aprendizagem diária e aprendizagem baseada em problemas e/ou
aprendizagem colaborativa.
O uso da tecnologia deve ser estudado como parte da
educação, asim como o “Lifelong Learning” afirma que é urgente
reconhecer o valor dessa aprendizagem informal, é necessário
criar mecanismos para ajudar a validar esse conhecimento, bem
como, também é impotante reconhecer o valor estratégico do
conhecimento adquirido de maneira informal, como uma tarefa
pendente da educação formal, mas é necessário começar a
transformação de baixo para acima, alterando os papéis atuais
da educação.