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Redes sociais e escola...
Eliete Jussara Nogueira et al
não é tarefa fácil. A descentralização do currículo, o empoderamento
dos alunos e das comunidades altera as relações entre alunos e
professores. Esta passa a ser baseada na colaboração e na co-
construção do conhecimento, ou seja, horizontaliza-se e, nesse caso,
coloca em discussão a especialidade do conhecimento dos atores. As
comunidades de prática, ou seja, as “redes de pessoas dedicadas a
atividades similares, que aprendem umas com as outras no processo”
(WARSCHAUER, 2006, p.166) ganha relevância. A formação dessas
comunidades e a colaboração entre seus participantes podem se
dar tanto face-a-face como a distância. Sendo assim, a Educação a
Distância também não seguiria os modelos que procuram reproduzir
em ambientes virtuais fechados (
Moodle
, TelEduc, etc.), práticas
muito semelhantes às da sala de aula tradicional. Essas práticas,
apesar de parecerem inovadoras, são, de fato, o contrário da
educação que discutimos aqui, embora, paradoxalmente, a EaD
possa ser vista como uma escola fora da escola também.
Temos que procurar alternativas. A instituição escolar precisa
manter seu papel de disseminadora formal dos conhecimentos a
todos, já que esse é o papel que a sociedade lhe incumbe. Ela precisa
aprender com a comunidade e integrar-se a ela. Warschauer (2006,
pp.170-172), por exemplo, apresenta duas propostas de abordagem
social da educação, baseadas em experiências concretas, que
podem nos apontar caminhos. A primeira, chamada de aprendizado
localizado, “consiste em auxiliar os estudantes a tornarem-se parte
integrante das comunidades de aprendizagem e de sua cultura”.
Essa tarefa é complementada com a criação de situações relevantes
para os estudantes.
[...] realizar tarefas significativas e resolver problemas
significativos num ambiente que reflita seus próprios
interesses pessoais, assim como os múltiplos propósitos
nos quais seus conhecimentos serão inseridos no futuro.
(COLLINS et al., apud WARSCHAUER, 2006, p.171)
Uma vez que os estudantes podem participar de várias redes
ou comunidades ao mesmo tempo, no que Wellman (2001, apud
MOTA, 2010) chama de individualismo em rede.
[...]os indivíduos não serem identificados como membros
de um grupo único, antes podem alternar entre diversas