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Perséctivas político...
Pâmela F. Oliveira e Carlos H. Carvalho
Esses dois princípios subjaziam à reforma Francisco Campos, como
deixa entrever esta passagem:
Em continuidade com a vida que a rodeia, e de que não
é senão um centro em que a matéria social se condensa
e clarifica, a escola realiza, assim, a sua dupla finalidade
educativa. Utilizando nas suas classe os processos da
vida ordinária, a escola, para assim dizer, socializa a
mentalidade infantil, dotando-a do sentido dessa para
Ella nova dimensão humana, a sociabilidade que só
a educação desenvolve, amplia, orienta e disciplina,
de maneira a inserir, sem choques a desharmonias, a
creança na sociedade a que ella deve pertencer, pela
assimilação da ordem intellectual e moral reconhecida, a
um dado momento, como a ordem necessária e natural
á convivência humana. (
campos
, 1930, p. 13).
A proposta escolanovista introduziu uma renovação no ensino
em que conhecimento do desenvolvimento psicológico ampliou
os saberes pedagógico-didáticos pró-desenvolvimento integral da
criança e transformou a escola ao considerar os interesses e as
necessidades do educando, dando àquela um caráter dinâmico e vivo,
de trabalho, respeito e participação; diferentemente do didatismo
tradicional. A introdução dessa tendência nas escolas daqui se
vinculou à “importação” de ideias de países mais desenvolvidos
da Europa e da América do Norte. A construção desses conceitos
educacionais e sua difusão aqui começaram no início do século
xx
e, segundo Valdemarim (2010, p. 24), “retomou o propósito
de aproximar a escolarização e a experiência infantil e que, em
sucessivas interpretações e conotações, popularizou-se, tornou-se
um lugar comum educacional e inspirou diferentes desdobramentos
práticos”. Atento as essas inovações, além de enviar professores
para ao exterior para se qualificarem, Campos trouxe professores
estrangeiros para ajudar a difundir o novo ideário em Minas Gerais.
Diz ele: “fiz seguir para os Estados Unidos um grupo de professores,
para que ouvissem, por dois annos, os especialistas na matéria.
Contratei na Suissa, França e Belgica, professores de nomeada para o
aperfeiçoamento de nosso professorado” (
c ampos
, 1930, p. 235).
No movimento difundido no país, a figura expoente era John
Dewey, autoridade da escola nova nos Estados Unidos na primeira